terça-feira, janeiro 31

Cai Neve em Lisboa


Há mais de um mês que não Boto discurso aqui, por falta de tempo, por desleixo por preguiça, sei lá… Chamem-lhe o que quiserem, tanto faz.
Será que um mês faz diferença?... Se calhar não… será?
Vamos lá pensar bem nisso…
O natal passou a gaveta das meias conheceu novos padrões, cheios de cores e linhas e quadradinhos e flores…. Upss, flores não…
Passou o fim de ano, numa reunião de amigos que já não se viam desde a passagem anterior, onde a conversa andou á volta dos filhos, recessão, compras, recessão, custo de vida. Houve uma altura em que as mulheres estiveram um bocado entretidas, a um canto da sala sabe-se lá a falar de quê; e os gajos pimba vá de falar de gajas, e carros, e bola e… estamos a ficar velhos…
Passou o dia de reis, passou… a campanha eleitoral tão gira que ela foi uma carrada de manfios a tentar arranjar um part-time compensador. Quando for grande quero ser Presidente da Republica, mas sem ter de aturar Velhos com a mania que o mundo gira á volta deles, Poetas com a mania que são vítimas mas dão tareias aos velhos que se atravessam á frente, Operários com a mania que são doutores e que falam bonito só porque tiraram o fatito domingueiro do armário, Advogados que gostam de aparecer de cinco em cinco anos, mesmo que não seja preciso, Economistas… Economistas de esquerda, de direita, de esquerda, de direita… estes então têm a solução para todos os problemas.
Passou o domingo das eleições, outra vez os fatitos domingueiros fora dos armários, as velhas com as malas de mão, sem nada dentro, mas só porque se é mulher, tem de andar com mala de mão. Ai o domingo das eleições, o frenesim da noite, com as televisões a atropelarem-se umas ás outras, só para darem a noticia das sondagens… enfim é disto que o meu povo gosta como dizia o outro.
Passou o dia em que o Sporting deu 3 a 1 ao Benfica na luz…
Passou o dia em que a malta do FCP partiu o carrito ao Treinador (se a moda pega).
E… Passou o dia em que nevou em Lisboa… em Lisboa e em metade do país, como já não se via há muito tempo. Foi um regalo ver tanta gente a fazer figura de parva, como se nunca tivessem visto neve… se calhar nunca tinham visto… se calhar foi só uma desculpa para fazerem figuras de parvos, quem sabe.
Passou um mês e tal e continua tudo na mesma, tudo sonolento, tudo apático tudo á espera que caia neve outra vez, ou que venha o natal, ou…. NÃO MAIS ELEIÇÕES NÃO